Tem dias em que eu me encho de orgulho em pertencer a raça humana, e hoje, dia 13 de Outubro de 2010, é um deles. O dia do resgate dos mineiros da Mina San José no Chile.
Esse trabalho espetacular de engenharia e humanidade nos mostra como a graça de Deus nos capacitou com toda a diversidade de dons, para toda a espécie de situação.
Os mineiros, depois de 17 dias de isolamento soterrados e com aspecto esquálido e desnutrido, foram encontrados pela equipe de resgate que imediatamente começou os trabalhos de recuperação física e psicológica dos trabalhadores.
Ontem quando vi o primeiro mineiro saindo daquele buraco depois de 69 dias de isolamento, me emocionei não com a engenharia, com as câmeras, com a qualidade do trabalho do resgate, nada disso.
Ao ver o choro do filho do mineiro correndo em direção ao pai, entendi mais uma vez que nada pode substituir a família e os amigos. Com certeza a primeira coisa que aqueles mineiros gostariam de ver não era um cheque de 1 milhão de dólares, não era uma Ferrari, ou uma casa mobiliada, não.
Nessas horas a gente só pensa na família. Na mãe, no pai, irmãos, na mulher, nos filhos, nos amigos mais chegados, enfim, a gente quer ver gente!
Imagino que todos aqueles que estavam naquele abrigo pensavam em como e quando voltar para seus familiares.
Mas pergunto;
Imagine o quão triste seria não ter para quem voltar?
Mas graças a Deus, todos eles tinham.
E esse é o gostoso da vida, ir e voltar, mas principalmente “ter para quem voltar”.
Hoje sou chileno e digo;
Chi – Chi – Chi! Lê – Lê – Lê! Los mineiros del Chile!!
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