quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Porrada nele...


Hoje que não quero ter medo de ser a vítima
Quero desabafar, contar tudo que já vivi, já sofri
Uma vida inteira cheia de desilusões
Sem medo de pelo menos hoje, ser infeliz.

E é me mutilando por dentro que me lembro
Que já disse eu te amo, sem receio de me expor
E ouvi de volta um egoísta “Eu acredito”
Melhor seria um “Eu não”.

Que uma vez também busquei um abraço
Porque me achava no direito de dar..
E receber também, e recebi um “agora não”
Como se estivessem me fazendo um favor.

Que sempre dei presentes no aniversário
E também no dia dos namorados...
Mas como meu aniversário é dia 10 de Junho
E o dia dos namorados dia 12, sempre recebi um só.

Acho que pra economizar, sei lá!
Pronto falei!
Aliás, sempre quis falar!
Sempre dei mais que ganhei em tudo, impossível negar!

Já me expus sim
Sem medo de nada
De me declarar, me entregar.
Mas preciso admitir....

Que isso hoje é quase impossível
Porque depois de tanta porrada
É difícil se recompor, recomeçar
É difícil reviver, é difícil amar.