terça-feira, 26 de julho de 2011

Mundo estranho...

Pensando na vida o poeta começou a se questionar...

Como é possível que num lugar onde havia tanta água, hoje ser terra seca?
E que numa árvore onde haviam tantos frutos, restarem apenas galhos e as folhas retorcidas?
E que no parque onde abundavam os sorrisos e a alegria, existam apenas sombras e pó?
E a casa feita pelo João de Barro, porque hoje é morada de pardais?

Intrigado, continuou...

Como é possível que numa mina onde havia tanto ouro hoje só se encontre pedras?
E que o rico que ostentava o luxo, agora, estende a mão e pede um trocado...
E aquele homem que tinha tanta fé em Deus, e hoje não passa de um ateu?
Ou aquele lindo lago que um dia foi a alegria do pescador, mas hoje não tem um só peixe.

Abismado, observou...

Como um garoto que ganha a sua primeira guitarra dias depois a quebre sem remorso?
Ou que esse mesmo garoto após tirar a sua primeira habilitação ateie nela fogo?
Ainda assim não percebe que está matando seus sonhos aos poucos?
E por estar matando os sonhos, está também matando a vida?

Como?

Que no coração de uma mulher onde havia tanto amor hoje só reste o sinismo.
Que naquele coração que para o amado era terra fértil, hoje tornou-se em abismo?
E que nas mãos do amado onde estava o refrigério de seu corpo...
Não resta mais nada, tudo está morto!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dejavú


Quando eu penso em você
Sinto a pontada no coração
Fecho os olhos de saudade
Volto no tempo, vontade...

Quando penso em você...
Minha boca se enche de água
Meus olhos marejam de verdade
Meu pensamento voa, bondade...

Quando penso em você...
Lembro que a vida era bela
Mais do que é hoje
E que eu fiz tudo que se pôde

Quando penso em você
Sinto o arrepio da alma
Os efeitos do trauma
Sinto o cheiro do amor

Amor que alegra, que consola
Amor que sonha, faz planos
Amor que estende o sorriso de orelha a orelha
Amor meu, minha vida, minha estrela.

Hoje, lembrei de você
Que já chorei
que já sofri com e sem você
Mas me lembro que desisti, e tornei a viver.

Melhor assim,
Você sem mim,
E eu sem você...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Reflexão para o resto dos meus dias


Ontem, dia 03/07 entrei em crise comigo mesmo. Eu explico.

Jogo num time de futebol com alguns amigos num campeonato, e desde o começo do campeonato eu era titular. Mas, durante o semestre eu tive alguns problemas de saúde e acabei perdendo o meu posto, indo para o banco de reservas.

Ontem, disputávamos a final do campeonato, e de forma surpreendentemente ridícula, perdemos o título.

Não, não é que eu não saiba perder. Meu problema é justamente o contrário das pessoas que não aceitam a derrota, eu me acostumei com ela.

Durante o jogo, quando fui colocado em campo, pude perceber o quanto a falta de disciplina, gana e vontade de ganhar me fizeram falta.

Porque eu poderia ter me preparado psicologicamente e principalmente fisicamente para aquele momento, o momento da decisão, mas, por pura acomodação, não quis pagar o preço de correr durante a semana, me exercitar, perder peso, focar no resultado.

Mas você pode estar se perguntando; nossa, tudo isso por causa de um simples campeonato de futebol que não dá nada pra ninguém?

Eu respondo; Sim, porque esse comportamento revelou a forma como tenho tratado a minha vida.

Continuando, a noite, fiquei em casa e fui assistir ao fantástico. No programa, assisti ao quadro Planeta Extremo, feito pelo repórter Clayton Convervani.

O programa fala de situações extremas em que o ser humano é testado até o seu limite máximo. Nesse programa, conheci pessoas que me fizeram me envergonhar do que eu sou, e de como eu tenho desperdiçado a minha vida.

A tarefa deles era correr uma maratona de 42 km num frio de -30º na Antártica, e tinham vários competidores, e todos corriam por motivos dos mais variados.

Um deles corria para poder arrecadar recursos para as crianças pobres da África. Outro, para homenagear o filho morto numa overdose a 3 anos.

Uma senhora, gordinha, correu durante 9 horas, chegou em último, mais de 2 horas depois do penúltimo colocado, para mostrar para a família que perdeu tudo no furacão Katrina, que é possível recomeçar tudo de novo.

Mas o que me impressionou mais ainda foi a história do Clayton, o repórter, e de uma brasileiro que estava com ele competindo.

Clayton, num determinado ponto da corrida, no meio do gelo, no meio do nada disse;

“Nessa horas que você está sozinho como eu estou aqui agora é só você e os seus pensamentos, bons e ruins, e para superar esse momento, eu penso na minha filha Gabi, é por ela que eu corro”, disse ele ás lagrimas.

Ou outro brasileiro, depois de ganhar a maratona de 42 km, que para mim já era um desafio absurdo, dias depois partiu para a maratona de 100 km, loucura total!

Clayton perguntou para ele;

“Cara, mesmo com todas essas dores, você não pensa em desistir?”

Ele respondeu;

“O sofrimento é passageiro, mas o desistir é pra sempre”.

Nessa hora meu mundo parou...

Eu acabei me lembrando do jogo que eu tinha perdido na manhã do mesmo dia.

Num desempenho pífio, fiquei me lembrando dos dias em que eu estava em casa sem fazer nada, e que poderia ter saído do meu conforto para “sofrer” a dor de uma corrida, de uma rotina de exercícios, de uma dieta saudável, de um preparo mental mais forte.

Mas não. A acomodação foi mais forte que o desejo de vencer.

Talvez se eu tivesse gastado tempo me preparando para esse dia, para esse desafio, hoje, poderia ter um troféu em casa, e uma sensação de dever cumprido comigo mesmo.

Ontem eu percebi que o gosto salgado do suor e do esforço é bem mais doce que a dor de uma derrota sobre a qual você não fez nada para ganhar.

Analisando tudo isso, fiz uma análise para toda a minha vida.

Comecei a entender o porque de tantas dificuldades que eu tenho passado.

A constantes dores por pedras nos rins, são fruto da falta de domínio sobre o corpo. Sei que tenho que tomar 2 a 3 litros de água todos os dias, mas não tomo. Que tenho que evitar carne vermelha, mas como, apesar de ter reduzido bastante.

As dificuldades financeiras, que são motivadas por uma falta de senso de investimento, economia e poupança.

Os vários sonhos e desafios que já coloquei para mim e nunca os alcancei, tais como manter um corpo bonito e saudável, fazer viagens que sempre quis mas nunca me disciplinei para realizá-las,
Eu, que sempre me considerei um cara inteligente e cada dia mais maduro, vejo que não sei é nada.

Porque não há nada de maduro e inteligente na forma como estou tratando o curso da minha vida.

Eu só sei de uma coisa. Todos as derrotas e erros e que eu tive ou cometi, são frutos de minha escolha, logo, o único culpado por eles sou eu, ninguém mais. E que só vence na vida quem quer vencer, os acomodados é que dão desculpas.

E Deus me criou para ser vitorioso. Eu Graças a Deus entrei em crise, e quero mudar.

Rm 12:2 Transformai-vos pela renovação da vossa mente...

Renova-me Senhor.