quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cada um cuida de si

E depois de tantos ele se deu conta de que tudo foi em vão...

Parece ter finalmente percebido que não adiantou viver por ela, para ela...

Porque antes de amá-la, não aprendeu a se amar.

E talvez por essa razão tenha vivido a vida dela, as vontades dela, com o simples desejo de ser amado, ser aceito, abrindo mão de si próprio...

Mas mesmo assim ele não se sentia seguro, e passou a desejá-la só para si, tomado pelo ciúme, pela possessividade.

E cada vez que errava, se doava ainda apenas tentando se colocar em harmonia com ela...

O tempo passou, ela prosseguiu, e com sua ajuda venceu obstáculos que seriam muito mais tortuosos sem o apoio dele, mas enfim, o deixou.

Estava se sentindo sufocada, porque ele já não tinha vida, a vida dele, era viver a vida dela...

Os sonhos dela, também eram os sonhos dele.

Já não existia cumplicidade, admiração, parecia mais uma devoção...

No julgamento dele, apenas fez o que era certo e amou a sua maneira...

Para ela, ficou apenas a imagem de um excelente rapaz, trabalhador, moço de família, homem pra casar.

Mas ele aprendeu que é preciso ter a sua própria vida, para poder viver ao lado de alguém...

E foi obrigado a entender que o mais egoísta dos provérbios, é a verdade que ele nunca quis aceitar...

Que pelo bem dos dois...

Cada um cuida de si.

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