sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Raio-x da minha alma (Parte II)



Dia a dia, centenas de poesias
Cantos, contos, desencontros, alegria...
Inveja, insensatez, câncer, alergia...
Desaprendo o ruim para dar lugar a energia.

Impulsividade, constrangimento, faca nos dentes, hipocrisia
Vontade de amar, às vezes de matar, controlar, manipular
Vontade de mentir, desejo de partir, juntar, unir
Paciência, virtude, dom e o mal sempre a insistir.

Avareza e luxuria, bondade e ternura
Roquidão, espasmo, fetiche, paixão..
Amor de pai, amor de mãe, amor de irmão
O que escrevo desafoga o alma que grita desde então.

Exorcismo de mim mesmo, sangra agora a maldade
Escorre pelos dedos todo vento de vaidade
Toda a compulsão sem vontade
Tudo aquilo que provém da leviandade.

Cospe fora o ardor da amargura,
Vomita todo comodismo que parece ternura
Desconfia da oferta disfarçada de brandura
E de lugar ao que é reto e bom, em alto e bom som.

Põe pra fora o raio que encontra a terra molhada
Expulsa da mente o pensamento sacana
Luta contra o eu, domina a parada
Em você está o bem, é sua essa jornada.

Quebra o braço do medo
Exponha-se ao novo, perca o medo de tentar
E o receio de ter que pedir socorro
Voce mesmo já disse: Desse mal eu não morro..

Agora descansa...

Relaxa...

Respira fundo...

A vida é vivida pela graça...

E todo momento ruim por pior que seja,

Um dia passa!

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